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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O NOIVADO

O NOIVADO


Já se passaram alguns dias… e a ressaca também…os pensamentos foram surgindo e a ideia foi nascendo… e as ideias são como os frutos de uma árvore. Primeiro nasce uma flor… muito pequenina, na ponta de uma galha… essa flor vai crescendo… a certa altura, as pétalas caem e fica apenas um pequenino botão… esse botão continua a crescer, tornando-se adulto até que se transformará num fruto… esse fruto no início está verde, mas com o decorrer dos dias e com a Luz do Sol, vai amadurecendo…resiste a ventos e a tempestades… até que chega a altura de ser colhido… mas se esse momento passar, o fruto amadurece demais, cai no chão e apodrece… depois jamais se aproveitará! Assim são as ideias. Têm um tempo exacto para serem colhidas… se forem colhidas cedo demais, tornam-se intragáveis, pois estão verdes, e se forem colhidas tarde demais, não se aproveitam porque ficam velhas e podres! E como as ideias… assim são vocês, NOIVOS, a quem dedico estas palavras…Também vocês percorreram um caminho parecido com os frutos de uma árvore! Foram colhidos na hora certa, um para o outro…

Um Sábado de Sol, numa Igreja no alto de uma serra, no centro de uma linda aldeia… numa Igreja simples e despida, que um Padre celebrou o Vosso matrimónio! Um Pároco idoso, clamava com voz fraca e tremida… o Vosso matrimónio… e o microfone nada ajudava… os flasches estreluzindo… senão bem quando o Pároco pediu que suspendessem as fotografias… talvez porque lhe perturbassem a visão… não a deste Mundo, mas a da leitura… e porquê, um Padre tão idoso a celebrar este matrimónio? Simplesmente porque Ele tinha acompanhado o crescimento da Noiva e da sua família… logo só poderia ser Ele, a celebrar este matrimónio…. Com outro não teria o mesmo significado… seguiu-se o arroz e as fotos de família! Continuou-se com a mesa… mesa farta…mesa diversificada…festa composta… e os convidados, simples, no bom sentido, no saber ser… e no saber estar, alegres, gente gira, fizeram a festa ainda mais bela… e bela ia a Noiva, de creme vestida até aos pés, olhos negros de azeitona, sobrancelhas escuras, cabelos longos e esguios, com um sorriso feliz e sincero… uma Moira encantadora, como sempre o foi! Uma menina linda, em quaisquer circunstâncias. O Noivo, moço feliz, pudera, com uma noiva assim… de fato escuro… e colete a condizer…, pêra russa e aparada, atendia ás “exigências” dos convidados… Numa mesa redonda, a “Tuna”, rapaziada alegre e barulhenta, de escuro vestida, animava todos os momentos da festa! Buzina a gás pressurizado marcava o compasso e separava os espaços vazios!

Noutra mesa, decerto redonda, decorada por lindo castiçal, um vasto grupo de raparigas, autênticas bonecas, competia com a rapaziada na alegria e nas claques…gente engraçada, também! E a tarde foi correndo…passeou-se de charrete… A charrete destinada aos Noivos foi desfrutada pelos convidados… e o Sol desceu suavemente… e a noite foi envolvendo a felicidade… e já ia alta, quando aconteceu o momento mais belo e ternurento destes momentos…durante um simples Karaoke, os Noivos dançando sozinhos…ao ritmo de um slow… cantava Ele, com um braço envolvendo a sua Amada e a outra mão segurando o microfone, a melodia “Deixa-me Olhar”... o ponto alto, e emocionante… sem dúvida… pois todos apreciavam com muita atenção… profundos… se calhar, pensando no mesmo… ao que me leva a escrever estas letras…”nunca tinha estado num casamento assim, tão genuíno, tão giro, tão simples, tão sincero, tão vivido, tão profundo e tão intenso!”

A noite foi correndo..- envolvendo os convidados com o seu suave manto de sono… Parabéns para os Pais da Noiva! Parabéns aos Pais do Noivo, todos tão felizes!

QUE DEUS ABENÇOE ESTE CASAL, E QUE ASSIM SEMPRE SEJA… POR TODOS OS CAMINHOS DA VOSSA VIDA!


Noites sem ti
Onde eu me perco
Procuro por mim
Na paixão do incerto
E saber que me amas
Mas mesmo assim
Basta pra ti
Dizeres que sim
Mesmo quando eu vou
Gostares de mim
Pelo o que sou

Deixa-me amar
Deixa-me perguntar
Se gostas de mim nas noites
Que eu passo sem ti

E sempre que eu te vejo
Perco-me na luz da noite
E sempre que eu te beijo
Fico sem medo do som
Noites sem ti
Onde eu me perco
Procuro por mim
Na paixão do incerto
oh oh
E saber que me amas
Mas mesmo assim
Basta pra ti
Dizeres que sim
Mesmo quando eu vou
Gostares de mim
Pelo o que sou

Deixa-me amar
Deixa-me perguntar
Se gostas de mim nas noites
Que eu passo sem ti

ESTE POST SIGNIFICARÁ POUCO PARA MUITA GENTE, MAS SIGNIFICA MUITO, PARA POUCA GENTE!