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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

sábado, 31 de janeiro de 2009

TARIFA DE QUÊ?!

TARIFA DE QUÊ?!


Por esta altura do campeonato já nosselências, fregueses dos Serviços Municipalizados de Abrantes, ou do AMBIENTABRANTES, estamos recebendo nos receptáculos dos nossos digníssimos lares a respectiva facturazita do consumo de água, acompanhada de uma pequenina atenção igual á representada na imagem que se exibe:



Ao lermos esta “informação aos consumidores”, logo chegamos á conclusão que, de agora em diante, seremos brindados por uma taxazinha… a TRH, que quer dizer “Taxa de Recursos Hídricos”, com iniciais maiúsculas… e, se bem repararem, á laia de justificação, entre outras cenas, esta taxa visa, por exemplo compensar uns benefícios!

”O benefício que resulta da utilização privativa do domínio público hídrico (Ex: captação de água na Albufeira do Castelo do Bode);

Perceberam?! Ainda bem, pois cá o Cidadão, não! Se esta taxa é uma benesse prós pessoais, então qual a vantagem de termos a albufeira debaixo dos nossos bigodes, humedecendo territórios Abrantinos?! Népias!

Topem agora a seguinte cena…

“Esta taxa visa compensar o custo ambiental associado ás actividades que possam causar um impacte significativo nos recursos hídricos;”

Afinal, para que servem tão antecipados e rigorosos estudos de impacte ambiental?! E para que servirão os serviços de fiscalização onde se incluem as forças policiais, para fazerem cumprir as regras inerentes ao meio ambiente? Ou será que se admite a degradação do meio ambiente para, á posteriori se desperdiçarem verbas com a sua recuperação?

“Esta taxa visa compensar os custos administrativos inerentes ao planeamento, gestão, fiscalização e garantia da quantidade e qualidade da água.”

Até ao momento, estas gentes não auferiam as suas remunerações?

Custos administrativos… (de Administradores).

Custos inerentes á gestão… (de Gestores).

“Administradores… Gestores…” Humm… onde é que já ouvimos falar nestes tipos?...

Mais uns tachozinhos jeitosos… não serão?

Custos com a fiscalização… ora reparem bem… esta terceira justificação inviabiliza a segunda… aquela que reza assim:

“Esta taxa visa compensar o custo ambiental associado ás actividades que possam causar um impacte significativo nos recursos hídricos;”

Lembram-se? Então admitem-se as tais actividades? Destapa-se com uma mão e tapa-se com a outra!

Leiamos o verso da cartita… huuummm.


E agora? Tanta benesse… Não é verdade, ó pessoal?

Julgáva-mos nosselências que outras taxas da facturação seriam substituídas por esta… ora vejamos… metendo a coisa em tubo de ensaio… e agora aquecida em Bico de Bunsen… analisemos o resultado:


Humm…hummm… hummm… cá temos a facturação seguinte, hummm… acabadinha de sair do forno… ora bem… senão vejamos… ah! Os óculos!


Tarifa de água 1º escalão…

Tarifa de água 2º escalão…

Tarifa de água 3º escalão…

Tarifa de água 4º escalão…

Tarifa disponibilidade…

Que antes era o tal aluguer do contador…

Tarifa saneamento fixa…

Tarifa saneamento variável (por m3) …

Tarifa saneamento adicional…

Ena, tanto saneamento…

Tarifa resíduos sólidos urbanos, fixa…

Tarifa resíduos sólidos urbanos, variável (por m3) …

Resíduos de toda a maneira…

Tarifa recursos hídricos – água…

Dããã ??

IVA a 5%...

Portanto, onze benesses e um IVA!

5%

Consumo real de água = 37.16€

Taxices = 26.92€

Ora bem… só de taxas, pagamos quase tanto como de consumo de água…

Outro exemplo de facturação…



Qualquer semelhança é pura coincidência.

Há coisas fantásticas, não há?!


(desculpem lá… isto… foi um reflexo condicionado…)

Mas aproveitando este, calculem a quantidade de taxas que são desembolsadas por muitos e embolsadas por poucos, caso estas cachopas resolvam tomar uma banhoca na rede pública? È taxativo! …

Uma verdadeira banhada!

Daqui, o que concluímos?

Somos um povo que encerra resignadas fileiras de raiva mansa!

Ao cair da folha, não nos esqueçamos de votar bem… está combinado?