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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

PÉS DE MOLHO



PÉS DE MOLHO

Era uma vez... 
Um anticiclone de engrossados gravanejos dando a voltinha por ali, reforçando as correntes de rios e ribeiras... 
Em plena confluência para a bacia hidrográfica dum Tejo vindo de Castela...
Portas e Passagens para que vos quero?
Por exemplo, para as águas lodosas... descreverem os seus jogos!
... Um parque infantil para cotas... ao dispôr das populações piscícolas...
Na curva da estrada... só se desce pois o Paiol faz jus ao nome. 
Por ora fiquem com estas imagens pois cá o Cidadão tem andado bué da ocupado, vinte e quatro horas por dia! Comme si, comme ça!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A MÚMIA TUBUCA





A MÚMIA TUBUCA

Tudo começou 590 anos antes da Humana Redenção quando o Tejo era fronteira natural, motivo suficiente para cá o Cidadão vos brindar com esta séca de história embalsamada! Daí que, se não estiverdes pelos ajustes, o melhor que fareis será mudar-vos para outra chafarica mais engraçada... O "PASSO A PASSO ABT", por exemplo!
Vindos da Europa Central, a Sul do rio instalaram-se os Galo-Celtas e a Norte os Tubucos, vigiando-se mutuamente. Os Celtas com ideias expansionistas resolveram transpôr as margens da ribeira sem que antes sentissem as Ópus-Ições dos Túrdulos estremenhos, dos Scalabitanos das lezírias e dos Tubucos do morro juntando forças para o inglório combate! Não obstante, os Celtas conquistaram e saquearam os territórios almejados, mas por pouco tempo, porque os Tubucos organizaram-se nas Beiras sob a égide dos Túrdulos que, reforçados com outros Bárbaros vindos da Hispânia arrearam cachaporra de criar bicheza nos Celtas fazendo com que recuassem bastante nos seus intentos.
Ainda hoje no sineiro campanário da igreja do Crucifixo se encontram vestígios de um galo torcido com a rosa-dos-ventos apontando o Norte para a cruz Celta mais abaixo, ora vejam bem! Quão outro melhor exemplo Galo-Celtico poderia cá o Cidadão abt arranjar?
Entretanto, resultou enorme número de baixas de parte a parte e como o braço de ferro não se resolvia a mal, acordaram as pazes na partilha dos territórios, permitindo que os Celtas rumassem a Oriente, abeirando-se a Cava Juliana.
Foram estes Celtas marados de todo e casados com os Túrdulo-Tubucos que ergueram as primeiras fortificações no morro, apelidando de Tubucci ás terras de Tubucos e Celta-Tubuco a este povo!
218 Anos antes de Cristo, os Romanos lançaram-se á conquista deste território onde se instalaram durante 170 anos!
 Nas escarpas dos Hermínios Montes a resistência era tal que a tribo Lusitana de Viriato não dava sossego ás legiões estrangeiras!
Após a morte traiçoeira do Viriato, Décimus Junius Brutus encontrou o caminho livre para se instalar em Moron corrompendo-se para Almourol. A partir daí, o Romano não tinha adagas a medir nas refregas com os Galegos das Beiras e com os revoltosos a Sul do Tejo.
Três anos vencidos, o men entrou em stress desertando para Roma!
 De porrada em porrada os anos esvaíram-se até que os Lusitanos promoveram uma revolta sem precedentes atravessando a Ibérica Hispânia que nem as legiões de Calpúrnio Pisão, Quinto Ceipião, Sérvio Galba ou Gaio Mário todas juntas se aguentaram com o tsunami Lusitano! Foram duas décadas de pancadaria, trocadas por quatro anos de sossego! 80 Anos antes de Cristo, os Romanos insistiram em alcançar estas terras soalheiras até que, 32 anos volvidos, portanto no ano 48 antes de Cristo, uma vez que Július César não conseguia para cá vir a mal, resolveu negociar a bem com este povo Luso, abrindo o espumante no sítio de Pax Júlia, a actual Beja.
Tubucci seria território mui cobiçado, pois nele proliferavam férteis campos, não de futebol ou basebol, mas de hortas, pomares, vinhas, olivais e cearas!
Praticavam-se os cultos do mel, azeite, vinho, trigo, centeio, milho, feijão, melancia, maçã, e posteriormente, com as invasões dos povos Muçulmanos, das paragens Africanas vieram os pêssegos mira-ôlho, as laranjas, as tangerinas e... as marroquinas! Belas raparigas!
Óops! Não era este, o contexto da coisa!
Do rio, para o prato saltavam o muge, a saboga, o salmão, o sável, o barbo, a enguia, a lampreia... hoje em dia é mais fácil pular a azola ou um coliformezeco defecado!
Avancemos...
Nos primitivos tempos, Tubucci com o cais fluvial do Rossio banhando-lhe os artelhos, considerava-se o centro comercial da Beira Baixa!
Em 411 depois de Cristo chegaram os Alanos do norte da Europa, seguidos pelos Godos em 416 que, bárbaros de todo, rechaçaram os Romanos borda fora, destruindo o que tinha sido construído de positivo e regressando ás lendárias épocas de torpez e ferocidade, arrancando os membros e os coraçóes pelas costas aos opositores do regime como se desasassem moscas! No entanto respeitaram os valores Cristãos e as divisões territoriais criadas pelos Romanos, como por exemplo mantendo este morro com a designação de Tubucci. Em termos de crenças, até á época praticava-se o culto Ariano e o Heresismo Pagão!
Em 711 do Norte de África surgiram os Árabes impulsionados pelo profeta Maomé que comandados por Tarik-Íbn-Ziyad, no calor do dia 31 de Julho venceram os Godos na batalha de Guadalete! Ao momento estes Godos já se encontravam fartinhos uns dos outros devido ao desgaste político da governação, pois Rodrigo ao resgatar o trono Visigodo a Vitisa, imediatamente ordenou que lhe arrancassem os olhos, excesso que não foi bem visto pelo Bispo Dom Oppas e pelo Conde Julião razão mais do que suficiente para darem uma forcinha aos Muçulmanos!
Os rapazes vestidos de branco permaneceram neste território durante 436 anos, tempo mais do que suficiente para desenvolverem novas tecnologias, não de informação e da comunicação mas de engenharia civil, aplicando algumas das leis da física, nomeadamente a das alavancas inter-fixas, potentes e resistentes, e mudando para Líbia a designação destes territórios!
Foi em tal contexto que nasceu a nossa tão querida Záhára!
Lembram-se?
Se o Cidadão tivesse vivido nessa época naturalmente que disputaria o coração da moçoila ao Samuel e ao Cavaleiro Machado!...  
Os chavalos haviam de se ver á rasca!!!
Veio-se Afonso Henriques sob a égide do Catolicismo e se bem quiserdes saber mais demandas consultai a saga El-Al-Banito e Záhára, anteriormente postados neste secante blogue do caraças!
Palmilharam-se os tempos e aguentou-se á bronca com um derradeiro cerco Muçulmano de Almorávidas aí pelo ano de 1179, se bem quando Diogo Fernandes de Almeida, para reconforto das tropas Portucalenses subsidiou a construção de uma capela em devoção a Nossa Senhora da Consolação junto ao Rio Pombal doando-a posteriormente aos frades de São Domingos, isto tudo, rente ao ano de 1460...e troca o passo!
O local era húmido e doentio levando a que muitos frades se antecipassem nas discussões de sexo com os anjos. Perante a terrena razia, a ordem Dominicana resolveu abandonar o poiso de devoção com a ajuda do primeiro Conde de Abrantes Dom Lopo de Almeida, e pelo ano de 1472 mudaram o capelejo para local mais alto e soalheiro junto á hoje seca Ribeira dos Frades onde por ora se encontra um convento de aves em pelota... e do antigo... népias de vestígios!
Dado andamento á obra do novo mosteiro, poupadinhos como eram, os Dominicanos resolveram deslocar os calhaus talhados do capelejo desmantelado, arrastando com eles a respectiva maleita, daí que, a partir do ano de 1474 ao assentarem arraiais no segundo com a epidemia á perna, deram trabalho de monta ao coveiro e a São Pedro que ás portas do Céu, os recebia a torto e a direito, razão de monta para que o local se mantenha de culto alado!
Por li se suportaram as febres durante 35 anitos.
Em 1509, Frei João de São Vicente diligenciou o terceiro convento dentro dos altaneiros perímetros urbanos de Abrantes, recebendo o apoio do Rei D. Manuel, o aval e uns cobres do Papa Júlio II seguindo-se o reforço de uma quantidade de níqueis do Pontífice Leão X, decretando que os pescadores revertessem o produto das pescas dos Domingos e feriados em prol da derradeira concretização do convento...
 ...a 20 de Março de 1527! Assim o podereis confirmar através dos escritos constantes na lage que ainda existe sobre a portaria da bibliotecária igreja!
Tal como os escadotes da autarquia Abrantina são curtos para que se proceda á limpeza das briófitas plantas sem sexo ou flor que se lhes cheire e consequentemente se agarram que nem musgo á húmida e sombria pedra não permitindo a conveniente leitura dos seus escritos pelo turista, naquela época também não existiriam os fungicidas adequados... e sendo os trocos diminutos, vai daí, Dona Guiomar Coutinho deixou em testamento a módica quantia de 200.000 réis de juro vitalício em troca das celebrações de suas exéquias.
Em comum acordo com seu esposo Infante Dom Fernando, rebento de El-Rei Dom Manuel, doaram valiosas imagens, vasos sagrados e ornamentos preciosos, á ordem Dominicana, acabando sepultados na capela do convento.
Doravante, o segundo convento passou a designar-se por Mosteiro Velho!
Depois de um interregno nas hostilidades, a 23 de Novembro de 1807, Abrantes sofreu com a visita dos franciús comandados pelo general Jean-Andoche Junot, que, esfomeados descalços e rotos de todo devido á travessia desde o além dos Pirenéus, fizeram de gato-sapato o juiz de fora mas de cá, mister José Macedo Ferreira Pinto, ordenado que os Abrantinos fornecessem rações de combate e fabricassem sapatos á fartazana para as tropas invasoras. Nas gáspeas, nos talões, nas floretas, nas palmilhas e nos rastos, as populações locais não deram mãos a medir durante dia e noite fornecendo os courões, inclusive dispensando o calçado pessoal tornando insignificante o António Gonçalves Annes Bandarra que era sapateiro em Trancoso!
Águas vencidas, a partir de 1798 o local foi sede de Regimento e Hospital Militar, funcionando como Hospital Civil a partir de 1959! Hoje alberga a Biblioteca António Botto, parte da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, áreas de estacionamento automóvel e uns quantos organismos juvenis.
Se melhor reparardes, os cultos pagãos cá do local passaram a Muçulmanos e depois a Cristãos, com a ordem Dominicana a liderar os espíritos da paz.
“???”
O que está para aí vir, nem a Belzebu lembraria!
No Século XXI depois de Cristo surgiu por estas bandas um cabeça de Nefertum e grande filho de Ptah com manias de Loromonte, que não tendo templo ou contemplação sacerdotal associada ao seu culto, em suas ideias transporta pequenas estatuetas usadas como amuletos que exercem imensos poderes sobre os humanos desta república Tubucciana!
Ptah é um Bob construtor que se submeterá a qualquer outro Deus, desde que nele fareje obra piramidal em maqueta! Um Bob tal que não dá tréguas ao seu nome!
 Logo que , outro Atum com cabeça de falcão adorador de Nefertum e dos Lorosae se veio para junto dos Tubucos trazendo uma carrada de amuletos a sério na sua mala de cartão, uns Ocidentais da idade dos bronzes e outros Orientais da idade dos ferros, Ptah submeteu-se a seus desejos numa vontadinha enorme em erguer prismáticas alvenarias para albergar a tralha milenar precisamente onde?
Nas barbas dos Dominicanos!
Nem mais!
E porquê, precisamente neste sítio?
Porque a região se encontra superlotada de mamarrachos em betão armado aos cágados não se vislumbrando nesga mais adequada ao desejado efeito, e os Tubucos, coitados, para além da dívida contraída ao Estado Português na recepção da primeira palmada quando vêm a este mundo, têm outra grande dívida para com as múmias, segundo o discursado pelo ex El-Commandante!
Armar o frontespício no espaço da primeira plataforma do conventual recinto seria o ensejo de Rá, paizinho de...
Thoth que papava quilómetros pelas vias terrestres da Ibérica Península!
tep, tep, Imhotep...
Foi aqui que todos evocaram Imhotep!
Imhotep era aquele Deus de traje negro que arquitectava obras piramidais!
Cenas da Sakara!
O men inspirou-se no gato da Dinastia Ptolemaica de quem a gata Cristie tem nobres descendências e vai daí, em vez de Quéops, Quéfren e Miquerinos com os seus túneis labirínticos onde um ratito acossado se perderá entre tanta múmia jeitosa, Imhotep sonhou com uma paralelepípeda branca de buraco ao centro, deverá ser fêmea... uma cuba... ou assim...  de  altura correspondente a sete humanos andares, 
 ...encaixada exactamente no recinto do convento de São Domingos como se por perto outro poiso não houvesse. A coisa seria revestida a tela para que nela se pudessem projectar imagens do tipo data-show, visíveis ao longe tal como acontece com a Torre Eiffel Tubucciana na quadra do Menino Jesus! Óptima para se desfrutarem uns filmezecos em sistema Drive-in a partir da Auto-estrada 23, do Áquapólis Sul, do picoto da Medrôa... do alto de Santa Margarida da Coutada ou assim!!!
Mais indicada seria com toda a certeza a projecção das siglas evocadoras das taxas, tarifas, IRS, IVA, IMI, IRC, IA, IC, daí a razão para que MIAA, seja sigla para múmia sorrir!
Porém, surgira Hathor ao poder, a Deusa que representa as forças benéficas do céu, do amor, do vinho, da alegria e da dança, reparem bem! Melhor que ela... ~_~_~_~_~   
Ísis!
Mas de momento não há cá quem dance!
Daqui a três anitos... talvez...
De futuro terão que tomar muita atenção a Hórus, filho de Ísis, cujo papá Osíris foi assassinado pelo tio Seth, que seus olhos por enquanto são o Sol e a Lua da família!
Embora estas evocações da mitologia Egípcia sejam uma valiosa contribuição cá do Cidadão no despertar do vosso interesse para o futuro Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes, indubitavelmente que todos vós ficastes culturalmente mais enriquecidos, mas isto está a descambar com’ó raio e ás tantas um tipo acaba pr’áqui todo embaralhado!
Um Icêzito de aceso da auto-estrada 23 á cidade de Ponte de Sor e uma pontezeca ali para as bandas das Tramagas seriam de somenos importância para o desenvolvimento da região na medida em que os pés de borracha passariam na brasa por cima da Vila Convívio a caminho dos Alentejos... desprezando estes locais por completo! Mas estas não deverão ser as acessibilidades de que tanto se palrou e promoveu antes das últimas, das penúltimas e antepenúltimas eleições!
Talvez... surjam outras acessibilidades que o pessoal por enquanto ignorará.
É preciso ter ôlho!... Hajam Deuses!