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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

terça-feira, 6 de abril de 2010

GIPSYLIRIUS



 GIPSYLÍRIUS

Há cinco semanas!!!
Calma aí, Zé-Zé!
E... não empurrem xe faz favor! Como devereis compreender, quando um cidadão é hiperactivo não dá mãos a medir na concretização das áctividádes profissionais e extra-curriculares escasseando o tempo para se dedicar a estas ciberchatices!
Entre indagações, divagações e outras sugestões sobre novas postagens, a caixa de correio electrónico cá d’o Cidadão ficou apinhada com oitenta e quatro (84) correspondências, parte das quais sugerindo que sejam por aqui abordados alguns fenómenos que se vão revelando em terras de Vale de Rãs...
É pessoal que não se atreve a comentar cá na chafarica mas segue religiosamente os disparates de quando em vez debitados nesta cibertreta!
Concluireis que, quando se tocam diversos jericos ao mesmo tempo, algum ficará para trás!
Ironias do destino... ditarão os ciberleitores!
Outros houve que sentiram um certo vazio mas satisfazer-se-ão com esta porrada de gigas enchedores de medidas, fundamentalmente quando chove um pouco mais e as áuguinhas transbordam o pontão da rua de Vale de Rãs precisamente no baixio da zona da ribeira, não descurando o estrangulamento das manilhas junto á rotunda do Lagar que na entrada para a avenida D. Manuel I criam um espelho de água concorrente ao Aquapólis, revelando certas e determinadas preocupações por parte do município Tubuco e da Estradas de Portugal no sentido de que nestas circunstâncias se lavem automaticamente os fundilhos dos automóveis, humedecendo suas centralinas. È precisamente nestas zonas que saltam as tampas não só aos automobilistas como ás redes de esgotos, telefones e afins, numa formação de sublimes repuxos iluminados pelos faróis!
Exemplo de uma giga.
Aceite a sugestão dos leitores e com a digital a morder-lhe o bolso das calças, este rapazola calçou as botas fazendo-se mais uma vez ao caminho... na recolha de elementos que documentassem e fundamentassem este tão belo e extenso post!
Naqueles remotos tempos em que da altaneira Tubucci o Dinó-Xáurio Jesus reinava, Vale de Rãs era conhecido por um lugar de escassas habitações, farto de oliveiras e sobreiros, com um poço arruinado onde os vestígios de uma quinta abandonada recortavam a linha do horizonte...
Ah! Pois!
E pelo Armando da Luz!
Foram-se por li construindo habitações de dois pisos em ruelas perpendiculares á de Vale de Rãs...
Projectaram-se as ruas Diogo Oleiro, pintor Sebastião Serra da Mota e Ramiro Guedes de Campos... após estas, nasceu um labiríntico bloco habitacional em módulos pré fabricados, dando outro ânimo á convivência regional.
O nevoeiro era rei e senhor cobrindo Vale de Rãs nas invernias madrugadas, impedindo que o Sol se mostrasse antes do meio do dia.
Vai daí, uma dúzia de carolas resolveu formar o rancho folclórico que intitularam de “Lírios de Vale de Rãs”, ensaiando ritmos e passadas musicais nos pátios das ancestrais casitas rasteiras, precisamente na rua dos Lírios... que nesses tempos desconheceria o preço do barril de crude e muito menos o do alcatrão!
Foram os tempos da Amélia...
Oh! Que saudades...
Pela certa exclamará o ciber nesta altura do campeonato!
Pois bem, os anos escoaram... e por entre silvas, oliveiras e chaparros, uma família sedentária com tiques nómadas resolveu assentar praça no acidentado terreiro junto ao poço ali existente, aproveitando as áuguinhas do afluente da ribeira de Vale de Rãs... e sacando áugaputada das torneiras dos incautos zinhos...
Expansivos convívios nocturnos faziam-se estender á populaça cumpridora das suas obrigações fiscais... era o movimento, a alegria, o corrupio... e as brigas...
Carradas de decibéis do Bonga debitavam-se em enorme rádio a pilhas D-LR20 com dois leitores de cassetes e um par de colunas tipo tampões de jante14!
Muito adolescente teve aí a primeira experiência sonora com a “mulata de Angola” ou o “mariquinha” perdendo a virgindade acústica e ficando com os tímpanos fornicados por éne song's!
Em suma, explodia a vida entre semelhantes no seu apogeu!
Do outro lado do afluente só mato, muito mato, muita erva e muita silva com pardais á solta, onde a mocidade armava custilos espetando cruelmente a sua agúdia nos arames, aguardando sob um Sol escaldante pela extrema-unção do bico amarelo do melro de asa negra, fazendo descargas de carabina de pressão de ar sob as galhas das oliveiras que grassavam... 
Nesses tempos ainda não habitavam por’li Tubucos orgulhosos de pinos ás costas!
Meia dezena de cabritos baliam, pastando e saltitando ao ritmo dos gafanhotos, afiando suas tenras hastes no que era tronco macio e bronzeado, adivinhando o triste fim quando seus donos resolviam assá-los nos fornos a lenha.
Os meses esgueiraram-se velozes por entre os dedos até chegado dia em que os senhores polícias, os senhores das câmaras, os senhores doutores da assistência social e a retroescavadora amarela puseram fim àquela saga!
Eram os maus da fita que numa boa acção sem precedentes atribuíam quitchenettes àquela gente meio nómada, meio sedentária e sem eira nem beira, precisamente no tal labiríntico bairro, arrumando de vez com o pagode, os toldos de pano-crú e o rádio a pilhas D-LR20, munido de um par de colunas com tampões jante14!
Por alturas do querido mês de Julho, fios eléctricos com filas de multicoloridas e luminosas peras tipos gambiarra, eram esticados entre as oliveiras e os sobreiros que por ali restavam.
 Improvisava-se o palco da música, abriam-se barracas de farturas, armavam-se quermesses e montavam-se tiradoras de cerveja Sagres e marisco do Eusébio facturando com frango assado entremeado a sopa de pedra e gerando tímidos decibéis quando o Catarino ou as cassetes piratas subiam ao palco!
Tentadoras e voluptuosas miúdas acendiam archotes de fogachos incontroláveis nos corações dos rapazolas espigadotes que ocultavam suas bexigas de acne sob barbas ralas, calçando alvas sapatilhas nikles ou sapatinho de verniz zénô, trajando a justa ti-xarte com as devotas imagens do Rambo ou da Senhora de Fátima estampadas no peito, hoje homens de barba rija... e elas, mulheres feitas com cachopos na idade da escola, labutando no dia a dia com aquela genica que as caracteriza, de cigarro traçado entre dedos e sorvendo quantos cafés na Karla ou no Janelas Verdes... 
Ás tantas da noite entrava o Eduardo com o Rio Musical alinhando no catrapiado, no vira, na polka, no tango e na tanga...  fazendo agitar os esqueletos áquelas gentes... Volta e meia lá vinha um malhãozito e por vezes a lambada quando a coisa não lhes corria de feição, o pimba pimba, se a música se ajeitasse pr'ó slow, soltando a franga até ás tantas da night ao som do rocanderrol de um Rui Veloso aprisionado na fita magnética do seu baile da paróquia...
Uns corridinhos por aqui e por ali, as paragens para as rifas das quermesses e os leilões dos lotos, e finalmente o fandango pelas madrugadas de fim-de-semana dentro, com bónus ao romper da aurora da segunda-feira sucedânea.
Pum! Pum! Pum!
O foguetório estreluzia nas matinas domingueiras e os bombos, os cabeçudos e os gaiteiros em tons de escarlate apareciam não se sabe bem de onde, por vezes com banda a passar, percorrendo as ruelas num peditório de festeiros olhando o céu em direcção ás altaneiras sacadas!
Naquelas cálidas e lânguidas tardes... de tez rubra e corpos firmes... humedecidos por laivos de suor... enquanto elas de saia justa, curtinha e arregaçada, lábios carnudos... rosáceos... envoltas em longos cabelos soltos e desalinhados... olhando o firmamento e mordiscando o prateado cordão do crucifixo pendurado ao pescoço... dando saltinhos ritmados nos biquinhos dos seus pés...deixavam escapar gritinhos de inconfessáveis prazeres... eles, em descontroladas emoções, abraçando o pau hirto e encebado, tentando alcançar-lhe o sino e o êxtase, terminavam numa explosão de sentimentos espartilhados...  vindos em alegrias e cores imaginárias... quebrando a bilha bem no centro do recinto das festas perante os admirados olhares das gentes idosas que no íntimo recordavam com saudade os tempos idos...
Seguia-se a hora da missa e dos churrascos, a hora de afinar os instrumentos e as papilas gustativas pela janta, com bué, mêmo buééé da barulho!
Uma coisa por demais!
Hãn?
Chatos, pá!
O kuduro veio mais tarde!
Os tempos mudaram... A cassete e o cartucho deram lugar ao suporte digital!
 Foi o fim dos anos noventa, tendo o escudo por moeda de troca!
Depois Vale de Rãs entrou para a Europa Comunitária e vai daí, as aparelhagens sonoras ganharam outra sofisticação, introduzindo-se-lhes o euro e o subuffas que vieram dar um novo alento ás festividades locais!
Entretanto a comissão das festas resolveu iniciar-se na construção civil erguendo instalações por cima do poço, que se tornariam no primeiro protótipo do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes, um tal que MIAA!
Só bem depois disto é que chegaram os Egípcios com outro conceito de museu!
Julgavam eles que junto de Imhotep teriam descoberto a pólvora, mas não!
A pólvora foi inventada pelos chinocas alquimistas, por alturas da dinastia Han...
Porque o MIAA já por cá cantava!
Alçado principal
Alçado lateral direito
Vista parcial sobre as cozinhas
Alçado posterior
Pormenor sobre o prazo de conclusão da obra
Hãn?
Quem diria?
Dããããssse que os tipos da pólvora andavam em busca do elixir da longa vida e deram com a essência da morte!!!
Hoje, longa vida só a do Iogurte ou das pílulas de alho Rogoff!
Foram os maravilhosos dias da governação de El-Commandante, o tal das duas margens, a de cá e a de lá!
Nos tempos mais recentes até se brigava pela funcionalidade daquele MIAA, se um espaço para a missa, terço ou catequese, para lar de idosos, centro de dia ou cena da noite, e até houve quem sonhasse fazer daquele amontoado de blocos de cimento, tijolo e portadas de madeira de cofragem com traves armadas em betão, um laboratório para festas de aniversário, casamento, carnaval, passagem de ano e afins.
Chegara o tempo da arte nova.
Uma arte que implicava sons bué de sofisticados, algo entre o tecno e o popularucho, coisa para dedicados ensaios aos fins-de-semana e ás quartas e sextas!
Naquela altura concluiu-se que tal pessoal não gostava de tropas!
E vai daí, El-Commandante foi acossado com bué da protestos verbais e umas tantas dezenas de assinaturas e diversas reclamações da vizinhança que padecia de esgotamento nervoso por falta de dormir.
Era uma gentinha com o horrível defeito de se levantar pela madrugada, indo colher níqueis afim de dar cumprimento ao pagamento dos seus Impostos Municipais sobre Imóveis, ou seja, as rendas anuais sobre aquilo que é deles e a vencerem no final de Abril, sucedendo precisamente isso no momento em que o ciberleitor está lendo estes escritos, requisitando a necessária pachorra...
...Cobres que serão suficientes para satisfazer as obras de beneficência e funcionalidade do mercado municipal diário...
...bem como para tapar a buraqueza existente nas rodovias Tubucas...
...a exemplo do que ganhou maior visibilidade nas curvas do Paiol...
...ou este que serve de floreira na Av. D. João I, precisamente a meio da via de trânsito ascendente
Apesar dos protestos a coisa foi crescendo e tomando dimensões nacionais, quiçá internacionais, pois até os Annas Platyrhynchos (leia-se promotores imobiliários) deixavam por'li suas penugens, não passando fim de Junho ou princípio de Julho sem que os valderrãngenenses não gramassem com gordas fumarolas, umas ressonâncias nas cristaleiras, mijadelas nas paredes de suas casas e madrugadores vomitados encharcados em tintol, porque os fígados e as vesículas dos transados transeuntes não aguentavam tanta desbunda, podendo-se sherlokolmar  rastos de sangue pelas ruelas adiante!
Aquele sítio tinha um terreiro irregular que não permitia grandes acrobacias... com El-Commandante, o tal das duas margens, revelando enorme dificuldade em ceder aos protestos dos moradores pois as medidas que pudesse vir a tomar sempre lhe resultariam impopulares em termos eleitoralistas!
Com um pé em cada margem e no intuito de agradar a gregos e a troianos, num ou noutro ano intercalado pelas as eleições, estratégicamente El Commandante ia abrindo mão ou criando entraves no bulício sazonal da grande urbe de Vale de Rãs!
Oh! Caraças!
Esse Vale de Rãs não é o de Loulé, lá nos Algarves!
Este Vale de Rãs está localizado precisamente na Freguesia de São Vicente, aqui em Tubucci, e não tardará muito a transefir-se para a expansionista freguesia de Alferrarede quando as fronteiras forem reformuladas!
E... a Senhora do Tojo que se cuide...
É já a seguir!
Pois bem, esta treta alonga-se e o Cidadão ainda não foi direito ao assunto que o trás por cá, mas vai dando um certo gozo escrever a retrospectivante resenha de Vale de Rãs que bem poderia ser a capital do distrito! Ora, se isto não fosse verdade, o título do post seria concerteza...
“Delirius”
  Em vez de “distrito de Santarém”, quão bem soaria, “distrito de Vale de Rãs”!
Aliás, nunca por nunca, “Vale de Rãs” foi tão cibernético como no presente momento com a publicação deste singelo post!
O que quereis de melhor, ó valderrãngenenses?
Há que agradecer cá ao Cidadão, xe faz favor!
Satisfeito o ego, prossigamos...
Saberiam Vosselências que Vale de Rãs teve um magnífico hino? Se algum de vocês dele for conhecedor faça o favor de o debitar cá na caixinha dos pirolitos!
Adiante...
Devido a pressões diversas, El-Commandante, o tal das margens de cá e de lá cedeu, e... festeiros para a frente, festeiros para trás, fez-se silêncio nos últimos anos sem porém que do derradeiro recinto resultasse uma terraplanagem com a subsequente colocação de dois bancos ripados junto a um dos três pontões pedonais que vencem a vala ora emparedada em esquinas vivas de ângulos obtusos, ora suportada por vegetação rasteira, onde, transbordando ao chover um cachichinho mais, as áugas pluviais por lá sibilam.... sem antes tomarem embalagem encosta abaixo partindo do grande morro Tubuco juntinho ás traseiras do velho quartel dos bombeiros municipais, escorrendo por detrás do posto da jêéneérre e amandando-se para dentro dum canudo nas traseiras do Lidl, introduzindo-se por debaixo dos edifícios da novacidade, alimentando as seivas das galhas da rotunda do Olival Basto, humedecendo os alicerces da Caixa dos Depósitos Gerais, candidatando-se a efectuar a lavagem dos nossos dinheiros!!!
Das entranhas dos prédios, as áuguinhas ressurgem por detrás do bairro São José assobiando vala abaixo com uma velocidade parva que faria disparar qualquer semáforo moderador de tráfego, separando o Vale de Rãs da urbanização do Olival Basto!
Aqui sim, está construído um zig-zag que lança as áugas num ronco de camião desarvorado, extravasando de ondulação em repuxo para o exterior do curso previsto e molhando os calcantes aos habitantes da Ramiro Guedes!
Na última sessão pluvial os autotanques dos bombeiros tiveram que intervir, retirando quilolitros de áuga daquelas garagens!
Um espectáculo!
Gente pacífica!
Mais adiante as áugas embrulham-se numa arcada por debaixo da rua dos Lírios em direcção á famosa ribeira!
A porra toda é quando galhas, plásticos e lixos que se engradam no percurso!
Como não há bela sem senão, as margens intervencionadas do afluente feito canal são desprovidas de barreiras arquitectónicas que impeçam os putos valderrãngenenses darem uns mergulhos nessas áugas, por vezes lodosas, outras defecadas, pois se bem reparardes, encontrareis por lá manilhas e pêvêcês manhosos como aquele que despeja espumas a partir da urbanização do Olival Basto!
Sim, porque do outro lado do rêgo as oliveiras e as cabrinhas deram lugar a uma urbanização de casas rasteiras para não se sombrearem entre semelhantes, á excepção do mamarrachão que se diz milenar, contrastando com a paisagem urbana envolvente!
É que assim um tipo nunca poderá mandar uma queca á vontade por perto pois aquilo é janela por todo o lado e nunca se sabe se alguém lá do alto nos morderará o esquema!!!
Entretanto esse espaço do Vale de Rãs deu lugar a demonstrações de perícia automóvel pela noite adiante, com alguns mademaxes azeiteiros encavalitados em máquinas infernais, acelerando nas ruelas estreitas onde os moradores estacionam seus pés de borracha bem roçadinhos ao passeio, facilitando a circulação dos tais que uma vez por outra contribuem com uns pedaços de tinta e outras amolgadelas nos guarda-lamas dos desditos... essa áctividáde nocturna vem repondo a moda antiga, porquanto basta que o céu limpe, a Lua espreite e a noite seja cálida para que naqueles dois bancos verdes de jardim, jovens trovadores instalem seus traseiros despejando notas musicais acompanhadas de uma ou outra viola, em que o malhão, a lambada, o pimba e o rocanderrol do Rui Veloso com o baile da paróquia deram lugar ao Flamenco e a umas quantas bjecas e tintol carrascão, assando as frangas em improvisada fogueira!

Clap, Clap, Olé, Olé.
 Lá, lá, lá lááá!
Lá, lá, lá lááá!
Lá, lá, lá lááá!
Clap, Clap, Clap,
Olé, Olé,
Clap, Clap,
Olé, Olé, Oléééé
Aiiinhh,
Aaaaiiinhhh
Lá, lá, lá lááá!
Lá, lá, lá lááá!
Clap, Clap, Clap,
Olé, Olé, Olé,
Clap,
Olééé
Clap, Clap
Clap, Clap, Clap,
Olé, Olé,
Clap, Clap,
Olé, Olé, Oléééé
Aiiinhh,
Aaaaiiinhhh
Lá, lá, lá lááá!
Lá, lá, lá lááá!
Clap, Clap, Clap,
Olé, Olé, Olé,
Clap,
Olééé
Clap, Clap

São letras de ritmos avassaladores que soam noite dentro por terras de Vale de Rãs!
Analisados os resíduos que o pessoal da junta e da câmara frequentemente não remove, apesar dos vidrões, dos plasticões, dos papelões e dos pilhões a cem metros, estes festeiros contribuem para que daqui a um ano se realize outro evento sob o lema do “Vamos limpar Portugal”.
Talvez nesse dia a nossa dedicada Matri-Harka se desloque propositadamente ao sítio da foto dando uma charmosa mãozinha a medir!
Fica sempre bem!
Prosseguindo a análise, poderemos dissertar que estes músicos da calada da noite se aquecem com Conde Noble”, um tintol carrascão de origens hispânicas.
Portantos, entre palmas, sapateados e o bater de castanholas, a Andaluzia está aqui bem presente na proporção de 4:1, pois em cada quatro litros da essência de Baco, é butida uma litrosa de cevada fermentada, de acordo com as taras perdidas por ali!
A ancestral origem do vinho vem da Geórgia levando a crer que pelas veias destas gentes festivaleiras corra sangue predominante Rhom, embora outros gadjos paisanos sintam as costas quentes... e á sombra destes, lhes sigam las pisadas!
Serão os...
Gipsylírius!
Já a cerveja foi inventada na Mesopotâmia, no Egipto e na Suméria levando a reforçar o conceito de o “Museu Ibérico” ter origem em Vale de Rãs na tal proporção das quatro probalidades para uma!
Assim sendo, há que reivindicar a autoria de um Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Vale de Rãs, “MIAVR”, e não alinhar naquela coisa fatela sonhada para o alto do morro!
Há que cobrar direitos de autor!
“Conde Noble”?
Mas ali ingere-se “Conde Noble”, um vinho barato?
Está mal!
Esse serve para temperar guisado de láparo ou assim!!!
Porque não um Casal da Coelheira ou um Terraços do Tejo?
Ou então... um Pouchão ou um iésseuaicâim dos Cadouços? Indo mais distante nos paladares, porque não um Corga da Chã, essa sublime pomada?
Em falta de carcanhol, porque não investir os últimos cêntimos num taberneiro Vinicoentro da Pucariça ou num Canal 12 do Albano Barreira?
Tintóis mais baratuchos mas que valham a pena!
Ah! Já não existem?
Até parece mal recorrer a uma essência hispânica!
Um “Conde Noble”?
Arrrgghh!!!
De escuteiros não se tratarão certamente, na medida em que dispensam qualquer autorização para a realização dos eventos, consumo de água, consolidação da fogueira e concretização os concertos o solo que alegram as noites á vizinhança... bem até ao romper do dia seguinte!
Por ali se preservam tradições nas barbas de Tubucos com orgulho e vice-presidentes com bons tachos para o refugo, ora responsáveis pelo ambiente de Abrantes!
Com o emalar da trouxa de El-Commandante, o tal das duas margens, la Matri-Harka montou a cela bem como as rédeas dos poderes locais, embora herdasse um cavalito com o freio nos dentes, não fosse este um puro-sangue...um Ferrari nestas circunstâncias coloca o seu cavaleiro em desespero de causa...
De reunião em reunião com polícias e vereadores ao molho e fé em Deus, á nossa estimada Matri-Harka foi explanada a situação constrangedora daqueles que neste mês supõem concentrar pachorra suficiente para arcarem com umas quantas horas de pestana aberta,  angariando trocos afim de liquidarem o arrendamento dos seus bens imóveis, colocando a hipótese de se retirarem os tais bancos para que o local se tornasse menos confortável no sentido de proporcionar o merecido sossego dos moradores, ao que a nossa estimada Matri-Harka ripostou com uma nega e que, para aquele sítio de Vale de Rãs seguir-se-á um jardim, reparem bem!
Cá está!
A ribeira encanada debaixo de estradas, rotundas e edificações...
Bancos, são quatro... O Totta e a Caixa dos Depósitos Gerais com o regato a passar-lhes sob os calcantes, e os outros dois para concertos nocturnos a solo, faltando a grama, mas essa nem é difícil de achar.
No lugar de suaves inflexões são construídos canais em zig-zag... com estrangulamentos á fluidez das águas pluviais!
Será sem margem... (outra vez!) de dúvida um conceito urbanístico que se complementará com o tal Jardim!
Quais Cidades Floridas quais quê?
Esse Flórida que se deixe estar nos States e não chateie o Vale de Rãs!
Quanto ás flores, talvez lírios ou semelhantes por lá se façam viçosos. As pétalas de rosa vão murchando, restando pouco mais do que espinhos... salvam-se as distribuídas porta a porta no centro histórico... é a festa da primavera!
Fica bem o revivalismo das arruadas de Setembro... mas não há quem dance...
"Foi em Setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio,
Nas mãos o calor de Agosto e um sorriso
Um sorriso tão grande que nunca tinha encontrado
Ouve, vamos ver o mar de Tubucci
Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões..."

“-Não! Comoves-me! Não continues! Isso é forte demais!”

Foi a única intervenção cá da Companheira neste post longo pr’a caraças!
De crisântemos, nem vê-los...
Uma idéia a aproveitar será integrar os concertos ao vivo com franga assada nos roteiros turísticos da região divulgando o evento no boletim da Agenda Cultural e Desportiva que a Câmara Tubuca emite mensalmente!
Outra sugestão seria a de a nossa estimada Matri-Harka convidar os Gipsylírius a actuarem nas noites de verão da praça do Batalhão ou junto aos Paços do Concelho, na praça das três aguadeiras!
Seria uma idéia fixolas que permitiria àquela gente de Vale de Rãs fazer como o Vitinho!
E nas festas da Cidade?
Quiçá no futuro ainda venhamos assistir a um concerto dos Gipsylírius nos Mourões!
Os Hyubris que se cuidem!
Seria a derradeira oportunidade para os Gipsylírius divulgarem o seu reportório musical!
o Cidadão não queria terminar este singelo post sem vos apresentar o tão popular Piloto num dos seus números.
...o dog valderrãngenense mais simpático...
...mais sociável...
...e mais comunicativo da região!
Palminhas! Palminhas!