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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

DECEPCIONANTE!



 DECEPCIONANTE!

“-Onde estará afinal, o crucifixo?”
 Finalmente no dia 18 de Janeiro foi publicada a reportagem realizada pela estação televisiva SIC em terras do Crucifixo!
Ao contrário do que seria previsível, numa região rica em história, lendas e tradições, a equipe de exteriores caiu na obsessão corriqueira e quasi colegial de questionar os transeuntes sobre como se designam os habitantes do Crucifixo e se assim serão abençoados, aceitando as respostas vagas e evasivas, chegando ao ridículo da interlocutora na escola primária responder em função da questão social e política da remoção dos crucifixos outrora afixados nas salas de aula, revelando-nos completo desconhecimento do contexto histórico e cultural da região em apreço.
Para além de se cingir à rua das Caladas, de cima a baixo, de onde a equipe de reportagem praticamente não arredou pé, ou a régie lhe atalhou os caminhos, esta povoação encerra muitos outros cantos, recantos, encantos e anciãos com ricos conhecimentos para nos transmitir.
Bastava terem-se dirigido a uma paragem de autocarro ou entrarem na tasca mais retirada das ruelas onde se concentram os idosos em fracos convívios e aí sim, encontrariam matéria de facto para terem enriquecido a reportagem, mas isso daria trabalho! 
É necessário tempo, investigação, calma, capacidade de interpretação e paciência quanto baste para sabê-los escutar.
Em demandas de um "crucifixo" que lhe desse graça ao nome, passou-lhes despercebida a cruz Celta que encima a igreja de Nossa Senhora da Conceição e o estilo arquitectónico do campanário, numa simbiose entre o mourisco e o nórdico europeu.
É caso para afirmar-mos que a equipe de reportagem esteve na aldeia e não viu as casas!
“Crucifixo” é muito mais do que foi documentado pela SIC!
Apresenta-se a reportagem.