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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O GNÓMON



O GNÓMON

Quando num destes dias soalheiros cá o Cidadão dava uma de pedestre e alargava as vistas no recém-criado parque de estacionamento do castelo de Tubucci, apanhou um susto do catano!
Ia a tarde meio vencida, quando ao consultar o relógio de sol plantado à entrada do parque, este desgraçado reparou que ali ainda era meio-dia e já houvera manducado há uma parga de tempo!
Para melhor o confirmar, recorreu ao seu Citizen que não atrasava nem adiantava e... nele acusavam as dezasseis horas bem auferidas!
Fora o carmo e a trindade!
Nem na Babilónia se viu uma coisa assim!
Deixando-se de tecnologias de ponta e recorrendo aos conhecimentos de orientação, deu-se conta que o dito cujo relógio espetado no pedestal tinha o gnómon orientado para Oeste!
Tiradas as coordenadas e feitos os azimutes o gnómon apontava aí para os 250º geográficos!
“-Réloj!” 
“-Réloj!”
“-Tú complár rélój?” 
"-Bárááta" 
"-Réloj baráta!"
Aquele relógio de sol era bem pior que os dos marroquinos!
O sacana estava quatro horas atrasado! 
Seria das pilhas?
Ná!
Vá lá, um desfasamento aparente de uma dúzia de minutos se importado de Greenwich ou de sessenta e alguns minutos... por mor da Convenção Europeia... ainda se admitiria...
A saber, a sombra do gnómon deveria incidir na zona onde foi executada a marcação com as cores nacionais, mas ao caso, nem pela equação do tempo bate certa a peta com a carrapeta!
Recorrendo à compreensão lenta, haveria razão plausível para que assim funcionasse até ao dia em que foi retirado do ponto inicial da muralha, outrora orientado a Sul...
... e por aqui inaugurado numa manhã sebastianista em que não se via um palmo à frente do nariz, quanto mais... o Sol pela peneira!