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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

quarta-feira, 16 de março de 2011

NUCLEAR ?




NUCLEAR ?

Naqueles tempos e por todo o mundo, ainda a Internet não era um veículo de comunicação  globalizada, nem sequer acessível ao comum dos mortais,  já alguns movimentos de cariz internacional se insurgiam contra a construção de centrais nucleares produtoras de energia eléctrica...
...Foram algumas das lutas travadas nos anos setenta e oitenta do século passado, umas inglórias, outras nem tanto. 
Depois da central termonuclear rechaçada pela população de Ferrel em Março de 1976, os movimentos juvenis protestavam nas ruas, invadiam assembleias, colavam cartazes, construíam jornais de parede, alertavam a malta nas secundárias e nas universidades, interrompiam palestras sobre a instalação de centrais nucleares em Portugal, culminando com a invariável intervenção dos senhores agentes policiais para reporem a harmonia no sistema institucionalizado. 
Naqueles tempos questionavam-se os tecnocratas sobre a fiabilidade e a segurança das centrais termonucleares perante uma catástrofe natural, em que nos garantiam a total segurança dos sistemas, exibindo material didáctico de sensibilização. 
Nesse sentido o pessoal activista, como se de uma moda se tratasse, fazia questão de ostentar na lapela do casaco ou na antiga bolsa de mensageiro traçada a  tiracolo, um sol vermelho inscrito num crachá amarelo orlado pela inscrição “energia nuclear? não obrigado!” na língua de cada um dos países e que os unia no âmbito internacional. Naqueles tempos, parafraseava-se nas ruas o “antes ser activo hoje do que radioactivo amanhã.”
Em Portugal este movimento culminou com duas Marchas da Paz  em simultâneo, uma no Porto e outra em Lisboa
Foi num sábado de dezasseis de Janeiro do ano de 1982 que um grupo considerável de activistas embarcou no comboio rumo à capital pois naqueles tempos seria impensável recorrer ao automóvel particular para esta e outras actividades, simplesmente porque ter um automóvel era um luxo inacessível à maioria dos jovens. Para vencer longas distâncias, encontrava-se a solução nos transportes públicos.
Durante esse protesto, cá o Cidadão tal como os restantes activistas, envergou uma túnica branca confeccionada a partir de dois velhos lençóis, completando com uma máscara anti-gás dos anos quarenta, com o filtro encastrado na extremidade de uma tromba, resgatada num sucateiro de artigos militares, que chamou a tenção do pessoal da segurança e da comunicação social. 
Em Lisboa, o núcleo do movimento tinha a sede numa loja do largo da Estefânia e a mega-marcha iniciou-se no Saldanha, passando pelo Marquês de Pombal, Av. da Liberdade abaixo, terminando na praça do Rossio
Especificamente nessa marcha o pessoal insurgiu-se contra o trânsito e instalação de mísseis nucleares em território nacional.
Na  época  foi a pressão exercida para evitar que os decisores políticos admitissem recorrer à instalação de centrais termonucleares como fonte de energia, em território nacional, naturalmente adicionada aos investimentos dispendiosos em que se traduziriam. Mais tarde optou-se por energias alternativas, na área das renováveis, que oferecem menores riscos para as populações envolventes. Nos países ricos os tecnocratas falaram mais alto do que as razões da consciência, desenvolvendo a indústria nuclear!
Foram construídas centrais de fusão do átomo arrefecidas a água em Espanha, França e Alemanha, os países mais próximos de Portugal!
Excluindo um reactor de investigação cientifica de ínfima produção de energia limitada aos 10 megawats de potência, cujos neutrões são directamente projectados para equipamentos científicos onde são feitos estudos físicos do estado sólido posteriormente aplicados em medicina nuclear, localizado no Instituto Tecnológico Nuclear  e que não representa riscos acrescidos para as populações, Portugal corre o risco de sofrer radiações caso se registem fugas quantitativas provenientes de qualquer uma destas centrais além fronteiras porque a radioactividade não se extingue por si só ou com o auxílio de um antídoto, um insecticida ou antibiótico. Caso se registe um acidente provocado por exemplo por movimentações telúricas ou avaria no sistema de arrefecimento, levando ao sobreaquecimento e consequente fissura dos silos, facilmente se libertarão nuvens radioactivas  que se disseminarão no ar ao sabor dos ventos, precipitando-se com as chuvas sobre vastas superfícies de território, infiltrando-se nos níveis freáticos. Se libertada directamente para os circuitos de arrefecimento dos reactores, essa radioactividade viajará  pelos cursos de água, contaminando irremediavelmente as plantas e os seres vivos do ambiente envolvente, destruindo  as células de vegetais e animais, e especialmente no ser humano degenerando em cólicas, cefaleias, distúrbios intestinais, distúrbios endócrinos, cancros, leucemias e doenças genéticas, desenvolvendo malformações embrionárias!
Nuestros hermanos operam sete centrais termonucleares, situando-se a central de Almaraz a 100 km da nossa fronteira, com dois reactores arrefecidos pelas águas correntes do Tejo Internacional que depois de aquecidas afectam os ecossistemas da região, e posteriormente atravessam o território português, espraiando-se no Mar da Palha sob os olhares  atentos de Lisboa e Almada!
Foi precisamente durante os anos de luta de 1981 a 1983 que a central termonuclear localizada na província de Cáceres, iniciou a produção de energia eléctrica!
No dia 25 de Junho de 2010 esta central terminou um ciclo de vida com o governo castelhano a prorrogar o prazo de validade por mais dez anos,  tendo em conta que o máximo de longevidade será de quarenta anos, constantemente a fundir átomos.
Sistemas infalíveis, sistemas invioláveis, sistemas seguros até aos queixos e os rumores de Sayago ter contaminado as águas do Douro Internacional ao deixar escapar uns pózes, e Almaraz ter libertado umas gramas radioactivas para o Tejo... polémicas refregadas com mentiras e ilusionismo, que foram ultrapassadas a seu tempo.
Teremos o perigo nuclear à nossa porta?
"Nada de mais! Alarmismos sem fundamento... É o pessoal da cassete a chatear cada um! Esses ambientalistas são como o piolho na costura!"
Só que os tecnocratas subestimam as forças telúricas da natureza... teimando em ignorar que perante elas... Somos NADA!
Quando essas forças se revelam com todo o seu poder destruidor, a tecnologia humana torna-se infinitésimamente minúscula podendo-se virar o feitiço contra quem o concebeu. Se essa tecnologia se libertar dos espartilhos da ambição humana poder-se-á tornar noutra força tão telúrica quanto as da natureza!
Infelizmente é o que está a suceder no Império do Sol Nascente, um império tecnocrata, evoluído, economicamente confortável e com um grau de tecnologia bastante elevado que está a sofrer as consequências devastadoras de um sismo seguido de maremoto e como se não bastasse, o sobreaquecimento dos reactores da central termonuclear de Fukushima Daiichi, com explosões sucessivas, colocando toda a região à beira de um devastador desastre nuclear sem precedentes!
 すべての私たちの強さでは、すべて私たちの信念、ひねりを加えた私たちの信念を介してすべての私たちの信仰と、私たちは、祈り、懇願を覚えておきましょう、あなたは運命を左右する嘆願は最悪の目的地の田中帝国の兄弟たちの最悪ライジングサン!
武士のそのコードは、自然災害に対する戦争と核の脅威を災害が勝つために彼らに勇気と永続性を与えます!
«Com todas as nossas forças, com toda a nossa fé, através das nossas crenças, com todas as nossas convicções, torçamos, evoquemos, oremos, imploremos e roguemos para que a sorte não dite o pior dos piores destinos aos nossos irmãos Tanakas do Império do Sol Nascente!
Que o Código do Samurai lhes dê alento e persistência para vencerem a guerra contra o cataclismo natural e a ameaça nuclear que os assola!»
Foi necessário acontecer esta tragédia para os líderes mundiais encararem a questão da energia nuclear com responsabilidade, questionando sobre a viabilidade da fusão do átomo como fonte de energia! Tardiamente para muitas almas, está chegada a hora de deixarmos de brincar com o urânio enriquecido e implorarmos em uníssono: