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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

sábado, 8 de junho de 2013

LARGO DO SOBRAL II




LARGO DO SOBRAL II
Segunda parte


“Longe da vista, longe do coração”... 
Diz o povo, e com razão...
Posteriormente à execução sumária dos trinta e dois plátanos e algumas palmeiras do largo sito na aldeia das casas baixas, seguiram-se a estupefacção e manifestos de desagrado da população até então convicta que seria retirada meia dúzia de plátanos cujas raízes estavam danificando a calçada, substituindo-os por bolsas de estacionamento automóvel e outras espécies arbóreas... sem raízes... 
Entenda-se!
Questionados sobre a estupefacção colectiva, os autarcas explicaram que houve um abaixo-assinado seguido de reunião tomada por sessão de esclarecimento onde os trinta munícipes presentes foram indagados sobre os desígnios a dar ao Largo do Sobral...
Se bem repararem, será o largo do Pego que terá sofrido a maior quantidade de intervenções e requalificações que há memória na freguesia, transparecendo a idéia que os distintos polidores de cadeirões municipais, pelo Sobral padecerão da síndrome psicoremodelativoregeneradora...
Razia do arvoredo consumada e para o largo acudiu a maldita corja de blogger’s, jornalistas, ambientalistas, um exército de pegachos e outros curiosos na matéria de facto, de lá saindo com sentimentos comuns, cujo teor é entregue ao vosso critério...
Mandam as regras de higiene e segurança no trabalho que as obras nas vias públicas e não só, sejam devidamente protegidas, acautelando a segurança de pessoas e bens, daí que o largo tivesse sido empainelado com uma cortina opaca de chapas metálicas à altura de um metro e picos... 
Sendo os trabalhadores os menos incomodados com a permanente romaria de mirones, máquinas fotográficas e opinadores das mais variadas estirpes, foi erguida uma segunda fiada de painéis bem acima do nível dos cérebros humanos excepto uma montrinha encastrada na paragem dos autocarros, tentando assim  acabar-se de vez com os forrobodós e os autarcas da conjuntura predominante defendendo com unhas e dentes a tese de que antes das obras se iniciarem, o povo da aldeia teria sido atempadamente indagado sobre as decisões a tomar, ao ponto de na noite de 5 de Junho de 2013 as galenas regionais captarem o indelével sonar dum Radar supostamente oriundo do OVNI esvoaçou por aí...
...presumindo-se que o comandante da nave não teria dado com o Cais de Rio de Moinhos por estar tudo escuro como bréu, e à ulterióri percebeu-se ser afinal a voz meio atabalhoada de Mahamou Àmuáhamadinejana...
...supervisor dos órgãos de comunicação social institucionalizados, opinando aos microfones que 97% dos pegachos estariam de acordo com o abate total dos plátanos na medida em que na tal reunião, entre os trinta munícipes presentes apenas um deles terá votado contra o destino dado às arbóreas! 
Só cá para nós que ninguém nos ouve, uma ovelha negra se infiltrara naquela sala...
Com a crise de valores que atravessamos e o preço das energias a rondar a hora da morte e os fundos às carteiras dos contribuintes, durante os próximos anos alguns munícipes afreguesados serão aquentados em madeiro de plátano...
Regressando às galenas, há que dar um desconto a Àmuáhamadinejana, porquanto filósofo e coach dos quatro microfones, pouco entenderá de aritmética e demografia.
sapo ilusionista
Entre nados e óbitos, dado que o território das casas baixas tem aproximadamente dois mil e quinhentos fregueses distribuídos por trinta e seis quilómetros quadrados, os trinta conjurados pegachos representariam 1,2% da população e não os tais 97%, contabilizando número inferior à área territorial e aos plátanos abatidos subsistindo a dúvida se representariam a totalidade dos subscritores em prol do atentado ambiental.
Não tendo enxergado a relação percentual, recomenda-se pois que se inicie o estudo pelo volume...
Conhecimentos aritméticos assimilados, o ciberleitor travar-se-à de razões acerca do intróito popular abraçado neste post...
Pois bem, a segunda fiada de paineis embrulhando o Largo do Sobral representam a materialização da tese obscurantista do quanto menos o povo souber, melhor, prosseguindo a prática corrente das decisões executivas onde os fulanos se comprometem com determinados procedimentos para posteriormente complementarem outros!
Isto faz recordar tempos remotos em que o Cidadão ludibriava os Júniores com o intuito de lhes silenciar as birras, levando a dele avante!
Assemelhando-se a uma fortificação de campanha, houve o cuidado de deslocar o contentor do quartel-general de modo a estreitar a porta de armas, permanecendo o espaço colectivo tão ocluso que nem por indelével nesga se lhe consegue enxergar.
Quanto à planta que inicialmente era exibida no flanco do quartel-general, foi transferida para o pano exterior da fortificação, evitando que o inimigo se possa infiltrar nas instalações e aceder ao paiol da pólvora!Não vamos acreditar que o fortim se destine a  acautelar os equipamentos das obras porquanto a insegurança em Abrantes não passa dum mero sentimento enraizado na população...
Meus caros, se ainda não entendestes...  
"Penas que não se vêm, não se sentem..."